Barreto informa que o 2008 corresponde a pelo menos 60% das vendas da montadora no Estado – embora seja mais caro que os irmãos menores 208 e 308. Cerca de 80% dos clientes optam por modelos automáticos, e o número só não é maior porque o 2008 THP, com motor turbo de 173 cavalos de potência, só é vendido com câmbio manual.
A versão campeã de vendas é a Griffe automática, cujo preço é de R$ 82,4 mil. O THP (87,5 mil) e o Alluere básico (R$ 71,4 mil) respondem pela outra parte. Ainda conforme Barreto, a fama de carro de difícil revenda ficou para trás. E quando o assunto é o 2008, fica ainda mais fácil.
– Hoje é uma raridade ter um 2008 usado numa revenda, pois vende muito rápido. Entrou um dias atrás numa troca. Já vendemos.
Que carro é esse
Lançado na Europa no final de 2012, o 2008 chegou no Brasil em 2015 e, desde então, vem ganhando espaço. Em relação a parte dos concorrentes, como HR-V e Renegade, tem como um dos trunfos o preço – comparando-se as versões top, é pelo menos R$ 40 mil mais barato.
O consumo perto de 14km/l a 100km/h também agrada muitos compradores, assim como o espaçoso porta-malas. Mas a fábrica está convicta de que o principal atrativo é o i-cockpit – a ergonomia privilegiada do motorista, que fica pouco mais alto que os demais (como em qualquer SUV), porém com todos os equipamentos à mão. A Fenabrave encaixa o 2008 no segmento SUV, mas alguns analistas consideram um veículo um crossover. mas não obteve resposta.
Gerente Regional de vendas da Peugeot, Claudio Rosito lembra que, historicamente, no Sul sempre teve boa aceitação de veículos do segmento Station Wagon. E a Peugeot sempre obteve bons resultados, vendendo muito bem o 207 SW e o 307SW, com um performance muito acima do Brasil. Com a chegada dos SUV, o cliente migrou . A marca já tinha um público fiel e "tem no 2008 um produto com o melhor custo x benefício da categoria".
Em um ranking divulgador pela montadora, com dados a partir de números da Fenabrave, o 2008 é o segundo no ranking dos SUV mais vendidos no Estado. Tem pouco mais de 17,34% do mercado e só perde para a Ecosport (20,27%). Até o dia 14, vendeu 77 unidades, contra 90 do rival da Ford.
Herança hermana
Assim como Barreto, Rosito entende que o atendimento da Peugeot local é um dos diferenciais. Mas o representante da marca no Estado cita um motivo curioso para explica parte da maior aceitação gaúcha:
– Acho que temos influência por sermos vizinhos de Uruguai e Argentina, países onde a marca tem resultados expressivos, sempre entre os primeiros. Faz com que o gaúcho tenha preferência e maior conhecimento da marca.
Para ele, a rede de concessionárias no RS também ajuda, pois tem boa cobertura no Estado. Segundo ele, o grupo com melhor performance e mais antigo da Peugeot no Brasil estão no Rio Grande do Sul.