
Qual a diferença entre prazer e orgasmo? Foi isso que Leila, personagem de Carolina Dieckmann, afirmou ter descoberto após uma relação sexual com Marco Aurélio (Alexandre Nero), no capítulo do último sábado (7) de Vale Tudo.
Segundo especialista, a confusão entre as duas sensações é comum e pode ser gerar frustrações em muitas mulheres. Em geral, é possível que as pessoas entendam os dois conceitos como sinônimos, mas não é bem assim.
A psicóloga e terapeuta sexual Tatiana Brzostek explica que a excitação, ou o prazer, é uma das fases do desejo sexual. O orgasmo é o que vem depois:
— O orgasmo é a próxima fase, depois da excitação. A personagem é uma representação de muitas mulheres que am por isso. Que chegam até essa fase, do prazer, e não evoluem para o orgasmo.
A especialista garante, ainda, que é possível sentir prazer durante a relação sexual mesmo sem alcançar o orgasmo. Toques, beijos e a intimidade entre o casal despertam sensações satisfatórias que não dependem do clímax.
— É prazeroso, mas não é a satisfação máxima que o corpo pode chegar. Em algumas mulheres, fica uma frustração de não ter chegado aonde poderia ter chegado. É como comprar uma Ferrari e ficar andando a 40 km/h na cidade — exemplifica Tatiana.
Na cena da novela, Marco Aurélio fica chocado com a afirmação de Leila. A sexóloga afirma que a confusão entre essas duas sensações costuma ser maior entre as mulheres, que, em geral, sentem mais dificuldade para chegar ao orgasmo.
Apesar da frustração por não conseguir alcançar o orgasmo, é importante que as mulheres não mirem apenas na etapa final do prazer durante as relações sexuais. A expectativa pelo clímax pode trazer ansiedade, dificultar a excitação e até impedir que o orgasmo aconteça.
— Se a pessoa não aprecia o processo, não chega ao orgasmo. Tem que focar no prazer, na presença. Em estar ali, curtindo o momento. E não focar no orgasmo. Se vier, ok. Mas, se não vier, tem que focar no momento. O orgasmo é uma parte da relação sexual, não o todo — aconselha.