O anúncio chega após anos de críticas pela falta de diversidade entre os membros da Academia e entre os indicados e vencedores do Oscar por eles selecionados. Embora a Academia tenha tomado medidas para diversificar seus membros, as novas regras marcam uma aposta mais agressiva para remodelar o desempenho geral de Hollywood em relação à diversidade.
"Acreditamos que estas normas de inclusão serão um catalizador para uma mudança duradoura e essencial em nossa indústria", ressaltaram o presidente da Academia, David Rubin, e a diretora-geral da instituição, Dawn Hudson, em comunicado.
Desde 2015 e a campanha #OscarsSoWhite (Oscar branco demais, em tradução literal), a Academia fez um esforço para ampliar a diversidade entre seus membros. A instituição comprometeu-se a duplicar o número de mulheres e de membros não brancos presentes até 2020, após os pedidos para que a premiação fosse boicotada. A meta foi superada, contando com um total de 45% de mulheres após os novos membros itidos este ano, e 36% de minorias.
Esta medida é fruto de um novo grupo de trabalho sobre diversidade anunciado em junho, semanas após o surgimento de protestos maciços contra o racismo que varreram os Estados Unidos em resposta à morte de George Floyd, um homem negro assassinado por um policial em Mineápolis.
As novas regras são baseadas nas normas implementadas pelos prêmios BAFTA do Reino Unido e foram "criadas para fomentar a representação equitativa dentro e fora da tela para refletir melhor a diversidade da audiência que assiste aos filmes", explicou a Academia.
As obras que pretenderem concorrer ao Oscar de melhor filme em 2022 e 2023 não estarão sujeitas a estas normas, mas deverão apresentar à Academia dados confidenciais sobre diversidade. As demais categorias da premiação devem manter seus requisitos atuais.