
O síndico, que pode ser tanto um profissional contratado para atuar com isso ou um morador do local, é o responsável por gerir o condomínio. Não há necessidade de que essa pessoa tenha uma formação acadêmica específica para a atuação. No entanto, são fundamentais os conhecimentos em istração, direito, contabilidade e recursos humanos, por exemplo.
E foi quando comprou o primeiro imóvel ao lado da esposa, em 2013, que Richard Martins ou a se envolver com as questões do condomínio. Logo na sequência, entrou para o conselho, e depois se tornou síndico. Na época, trabalhava em uma empresa de telecomunicações.
— Quando pequeno ninguém diz: "quando eu crescer quero ser síndico" — brinca Martins, ao recordar do ado.
Mas ele gostou do ofício. Tanto que em 2021 constituiu uma empresa e se especializou para se tornar um síndico profissional. Em 2022, saiu do emprego que estava e ou a se dedicar integralmente a nova profissão. Atualmente, istra 16 condomínios. Ele tem uma sócia e uma secretária no empreendimento. Os valores para a contratação de um síndico profissional podem variar de R$ 1 mil a R$ 7 mil, a depender do condomínio.

Martins possui a certificação Síndico 5 estrelas, onde realiza provas a cada seis meses para revalidação. Além disso, documentos são analisados e um conselho de ética avalia a sua atuação.
Na empresa, possui aplicativo para contato direto com os condôminos. O horário de atendimento às demandas e das 8h às 18h de segunda a sexta-feira. No entanto, há um telefone para emergências. Também são realizados mutirões para tirar dúvidas dos moradores.
Conforme Martins, o mercado de síndico profissional está em expansão na cidade. Para ele, o mais difícil é istrar a relação entre as pessoas.
— Depende de onde está aquele condomínio. Normalmente, quando chega para um síndico profissional é porque a relação não dá mais, ou porque a manutenção foi negligenciada. Aí está caindo o prédio, colocam o síndico profissional e acham que vamos fazer mágica.
“Uma mini Nova Pádua”
O engenheiro Marcelo de Rossi sempre foi envolvido no condomínio em que mora. Até por isso, está em seu segundo mandato como síndico, válido pelo biênio 2025/2026 — o primeiro foi em 2021/2022. Ele também já atuou como conselheiro.
O local conta com quatro torres, cada uma com 25 andares e 100 apartamentos. Ao todo, são mais de 1,2 mil moradores. Além disso, são aproximadamente 900 veículos. Números que comprovam os desafios de Rossi. Além da isenção no pagamento do condomínio, ele recebe um valor pago por recibo de pagamento autônomo (RPA).
— É uma pequena Nova Pádua (município da Serra com pouco mais de 2,3 mil habitantes), só que eles horizontal, e nós vertical. É quase um prefeito. Claro, o prefeito tem outras atribuições, mas se parar para pensar, tem o envolvimento humano, as necessidades de cada morador — descreve Rossi, sobre a atuação.

O condomínio conta com quatro salões de festas, dois quiosques, uma academia, um espaço mulher, brinquedoteca, campo de futebol, quadra poliesportiva e uma de basquete. Até por isso, Rossi tem toda uma equipe de apoio. Cada torre conta com um subsíndico, além de haver um colegiado com 16 integrantes e o conselho fiscal com outras quatro pessoas. Há uma a externa e uma interna, responsáveis também pela manutenção.
Um jornal interno, que é impresso de tempos em tempos, auxilia na comunicação. Além disso, há grupos de WhatsApp para cada torre. Rossi elenca três grandes desafios na istração: demandas de infraestrutura, conflitos e aplicação do regimento interno. Mesmo assim, acredita que consegue dividir bem o tempo tanto na vida pessoal, como profissional e a atuação de síndico.
— Eu sempre falo: organização. Já é uma prática minha acordar cedo. Durante a semana eu início mais cedo no meu trabalho e procuro deixar uma ou duas horas no final da manhã para resolver as questões do condomínio, assim como de tarde. À noite, como já estou mais desligado do condomínio, procuro dividir com a família.