
Flavio Briatore, ex-dirigente da Fórmula 1 e hoje consultor executivo da Alpine, abordou a delicada recuperação do ex-piloto Michael Schumacher, mais de uma década após o grave acidente de esqui que alterou radicalmente sua existência.
Em declarações ao jornal Corriere della Sera, Briatore confirmou que o alemão permanece acamado, mas optou por não aprofundar-se nos pormenores, acatando a escolha da esposa, Corinna Schumacher, de preservar a intimidade sobre a condição de saúde de Michael.
— Quando fecho os olhos, a imagem que me vem é dele a sorrir após uma vitória. Prefiro recordá-lo dessa forma do que vê-lo deitado na cama. Contudo, Corinna e eu mantemos contato regular — ressaltou Briatore.
O empresário ainda frisou na mesma entrevista que nunca esteve com o heptacampeão desde o incidente em 2013.
O Corriere della Sera também rememorou que, em 2020, Elisabetta Gregoraci, antiga esposa de Briatore, já havia feito observações sobre o estado de saúde do alemão.
— Michael Schumacher não fala, ele se expressa com os olhos. Somente três pessoas têm permissão para visitá-lo, e eu sei quem são. Sua esposa transformou a casa em um hospital para ele — declarou Gregoraci à época.
A suposição de que Michael Schumacher não consegue se comunicar verbalmente foi validada pelo filho, Mick Schumacher, em um documentário da Netflix lançado em 2021.
— Creio que papai e eu nos comunicaríamos de forma distinta agora — pontuou Mick.
O influente e controverso empresário italiano foi uma figura central no infame "Singapuragate", episódio ocorrido na temporada de 2008. Naquele período, Nelsinho Piquet deliberadamente colidiu o carro da Renault – equipe então sob a liderança de Briatore – para favorecer Fernando Alonso, que acabou conquistando a vitória na corrida. Flavio chegou a ser banido por tempo indeterminado em 2009, mas a penalidade foi posteriormente revertida pelo Tribunal de Grandes Instâncias de Paris.