A partida começou estudada como costumam ser as decisões. Os primeiros movimentos foram mais no sentido de não errar do que de arriscar.
Os es eram conservadores, as marcações recuadas. Aos seis minutos, quando subiu a pressão, o Inter atrapalhou a saída de bola do Bahia. E em uma jogada pela direita, Borré se embaralhou com David Duarte e caiu.
O estádio pediu pênalti, o árbitro nada marcou e o VAR considerou acertada a medida. Mas era um sinal de que os colorados tentavam fazer valer o fator local e se impor.
Finalização, mesmo, só aos 16 minutos. Gustavo Prado tentou da intermediária, Marcos Felipe pegou sem problemas. A cena se repetiu cinco minutos depois. Gustavo Prado, um pouco mais da frente, bateu e Marcos Felipe defendeu.
Aos 25, a chance clara. Vitão se antecipou e cabeceou para Wesley. Ele serviu Borré com toque por cima. O centroavante dominou, se livrou da marcação de um e chutou, pressionado, perto do travessão.
O domínio do Inter só foi interrompido aos 30. Era um escanteio colorado. A zaga do Bahia afastou e ninguém da equipe gaúcha pegou o rebote ou derrubou o adversário.
Pulga atravessou o campo com a bola e serviu Jean Lucas, que entrou na área e chutou. Anthoni fechou o ângulo e a conclusão foi para fora, um susto.
Seis minutos depois foi o Inter quem teve a chance. Bernabei encontrou Wesley na esquerda. Ele fez o cruzamento rasteiro, Marcos Felipe espalmou para o meio e Alan Patrick pegou o rebote, mas o chute foi torto.
A essa altura, a chuva caía abundantemente no Beira-Rio. Ela acompanhou o jogo até o intervalo, um 0 a 0 para deixar o estádio desconfiado, nos mandantes e nos visitantes.
Roger voltou com uma troca do vestiário. Ele tirou Gustavo Prado para colocar Vitinho.
O Inter começou bem mais acelerado no segundo tempo. No primeiro minuto, esteve perto de abrir o placar.
Alan Patrick ou para Borré. Pressionado, o colombiano ainda conseguiu chutar, caindo. A bola deu na cabeça de Marcos Felipe e não entrou.
A pressão do Inter ocorria quase sempre do lado esquerdo, com a presença constante de Bernabei. Faltava a conclusão.
O Bahia chegou aos seis. Jean Lucas jogou para a área e Willian José cabeceou, Anthoni segurou. Na segunda chegada, não teve perdão.
Era uma cobrança de lateral da esquerda. O Inter teve um jogador a menos na cobertura e o Bahia aproveitou com um tabelamento entre Luciano Juba e Cauly.
A bola foi cruzada para a área e Willian José bateu de primeira, Anthoni fez um milagre. Na volta, Jean Lucas apenas escorou para o gol: 1 a 0, aos nove.
A resposta foi imediata. Quando o jogo recomeçou, aos 12, o Inter foi ao ataque. Borré ganhou da zaga, Alan Patrick pegou a sobra, isso já dentro da área.
Ele encontrou Bruno Henrique, que rolou para Vitinho. E o camisa 28 bateu cruzado, rasteiro, no cantinho, longe do goleiro: 1 a 1.
Roger fez mais duas trocas aos 18. Ele faria apenas uma, Bruno Henrique por Thiago Maia. Mas nesse momento, Bernabei sentiu uma lesão muscular e teve de sair também. Ramon foi para o jogo.
O Bahia voltou a assustar aos 26. David Duarte cruzou para a área de qualquer jeito, Thiago Maia cortou mal e Luciano Juba mandou de primeira. O chute rasante, no gramado escorregadio, obrigou Anthoni a fazer uma grande defesa, sem rebote.
Quando o time visitante parecia superior, veio o grande golpe. Eram 31 minutos. Wesley ganhou na força pela esquerda e fez um cruzamento procurante, de pé canhoto.
Borré se impôs sobre a defesa e cabeceou por cima de Marcos Felipe. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. De virada, Inter 2 a 1.
Aos 38, o Inter quase matou o jogo. Alan Patrick fez tudo. Primeiro, desarmou Acevedo. Depois, tabelou com Vitinho, entrou na área, driblou um zagueiro e chutou raspando o travessão.
Anthoni precisou brilhar aos 43. Fernando, por incrível que pareça, errou na frente da área e Kayky roubou a bola. Seu chute, no canto, encontrou as luvas do goleiro, que jogou para escanteio.
A última troca, nos acréscimos, foi para ganhar tempo. Lucca entrou no lugar de Borré, aplaudido de pé no Beira-Rio.
A troca foi a senha para o grito de alívio e de festa. O Inter chegou à fase quente. Como pregam os argentinos, a Libertadores começa agora.
Anthoni; Braian Aguirre, Vitão, Juninho e Bernabei (Ramon, 18'/2ºT); Fernando, Bruno Henrique (Thiago Maia, 18'/2ºT); Gustavo Prado (Vitinho, int.), Alan Patrick e Wesley (Ronaldo, 38'/2ºT); Borré (Lucca, 48'/2ºT). Técnico: Roger Machado.
Marcos Felipe; Gilberto, Mingo, David Duarte e Luciano Juba; Caio Alexandre (Acevedo, 34/2ºT), Jean Lucas (Kayky, 34/2ºT), Cauly (Ademir, 21'/2ºT) e Everton Ribeiro (Michel Araujo, 30'/2ºT); Erick Pulga e Willian José (Lucho Rodríguez, 34/2ºT). Técnico: Rogério Ceni.
Gols: Jean Lucas (B), aos nove, Vitinho (I), aos 12, e Borré (I), aos 31 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Fernando, Wesley (I); Luciano Juba (B)
Local: Beira-Rio
Público: 33.712 (31.313 pagantes)
Renda: R$ 1.232.653
Arbitragem: Facundo Tello, auxiliado por Juan Belatti e Gabriel Chade. VAR: Hector Paletta (quarteto da Argentina).
Domingo, 1º/6 — 20h30min
Inter x Fluminense
Estádio Beira-Rio — Brasileirão (11ª rodada)
Quer receber as notícias mais importantes do Colorado? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Inter.