1.287 intervenções em 6,79% da via (gasto de R$ 369,4 mil)

Avenida Bento Gonçalves
1.167 intervenções em 4,59% da via (gasto de R$ 281,9 mil)

Avenida Ipiranga
911 intervenções em 2,39% da via (gasto de R$ 129,3 mil)

Avenida Juca Batista
701 intervenções em 7,07% da via (gasto de R$ 211,8 mil)

Avenida Edgar Pires de Castro
602 intervenções em 8,73% da via (gasto de R$ 214,4 mil)

Fonte: Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim)


CONTRAPONTO

O que diz a prefeitura

O supervisor da Divisão de Conservação de Vias Urbanas da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Carlos André Matos, explica que o valor de R$ 57,30 por metro quadrado de asfalto no tapa-buraco leva em consideração todos os custos que a prefeitura tem, inclusive os fixos.

Um desses gastos que a istração municipal tem mensalmente – aplicando ou não asfalto em tapa-buraco – vem das duas usinas de asfalto. Antes sucateadas, tiveram um investimento de R$ 3,2 milhões para serem reativadas, mas, hoje, operam abaixo da capacidade, explica Matos. Foram inauguradas entre 2015 e 2016 no bairro Restinga, na Zona Sul, e no bairro Sarandi, na Zona Norte. 

Como tenho usinas para produzir, como tenho pessoal e a prefeitura tem um custo fixo para pagar esse pessoal, tenho de usá-los

Carlos André Matos

Supervisor da Divisão de Conservação de Vias Urbanas da Smim

— Não posso ter esse pessoal parado. Nesse aspecto, como tenho usinas para produzir, como tenho pessoal para produzir, e a prefeitura tem um custo fixo para pagar esse pessoal, tenho de usá-los — diz Matos.

Quanto mais asfalto a prefeitura produzir, mais barato o metro quadrado custará. A dificuldade financeira, porém, fez reduzir a produção. Matos reconhece que, na atual situação, as usinas de asfalto se tornam muito onerosas para a prefeitura:

— Em razão da falta de recursos, sim. Mas elas foram adquiridas numa época em que se previa que a gente poderia fazer mais trabalhos. Estávamos com duas usinas completamente sucateadas. Modernizamos tendo como meta a possibilidade de se fazer mais serviços.

Mesmo assim, a política adotada pela prefeitura é de que os investimentos em tapa-buraco serão mantidos porque é preciso garantir a segurança viária, argumenta o titular da Smim, Elizandro Sabino: 

— O tapa-buraco tem de ocorrer. Operações do tipo ocorrem em toda a cidade, não só nos trechos mais problemáticos.

Sabino explica que a maior quantidade de tapa-buracos nos últimos meses é porque, no começo do ano, a crise financeira fez a prefeitura restringir pagamentos a fornecedores. Com poucos recursos, a saída é fazer serviços s:

— Precisamos dar conta do represado. A demanda de buracos é muito grande. Mas dependemos da Secretaria da Fazenda. É difícil estabelecer uma previsão sem ter dinheiro. 

A promessa é de que, no futuro, a situação seja diferente. A partir de um melhor planejamento, Sabino espera reverter a atual demanda de ações tapa-buraco.

— Solicitamos um estudo para nossos técnicos para prever o que será feito pelos próximos anos, a fim de garantir a fluidez viária — promete.

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